Pagador de Promessas
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Mis à jour le dimanche 25 août 2024 , par
O Pagador de promessas
Dias Gomes
Dias Gomes
Le théâtre contemporain - O Teatro contemporâneo
O autor
Dias Gomes
Adaptado - Wikipédia
Alfredo de Freitas Dias Gomes nasceu em Salvador, na Bahia, no dia 19 de outubro de 1922 e faleceu num acidente em São Paulo, em 18 de maio de 1999.
Foi romancista, dramaturgo, autor de telenovelas e membro da Academia Brasileira de Letras.
Homem de teatro, aos quinze anos Dias Gomes escreveu sua primeira peça, a Comédia dos Moralistas. Em 1941, sua peça Amanhã Será Outro Dia chega às mãos do ator Procópio Ferreira. Tratava-se de um drama antinazista e Procópio achava arriscado levar à cena um espetáculo desse porte em plena Segunda Guerra Mundial. Quando questionado se não teria uma outra peça, Dias lembrou-se de Pé de Cabra e o ator, entusiasmado, comprometeu-se a encená-la.
A peça Pé de Cabra, que possuía alto conteúdo marxista, foi proibida no dia da estreia. Procópio consegue a liberação da peça, mediante o corte de algumas passagens. No ano seguinte, Dias Gomes assinaria com Procópio um contrato no qual se comprometia a escrever com exclusividade para o ator. Desse período nasceram Zeca Diabo, João Cambão, Dr. Ninguém, Um Pobre Gênio e Eu Acuso o Céu. Mas Dias e Procópio desentenderam-se por sérias divergências políticas. Refletindo o pensamento da época, Procópio não concordava com as preocupações sociais que Dias insistia em discutir em suas peças.
De 1944 a 1964, Dias Gomes adaptou cerca de 500 peças teatrais para o rádio, o que lhe proporcionou apurado conhecimento da literatura universal. Em 1960 Dias Gomes volta aos palcos com aquele que viria a ser o maior êxito de sua carreira : a peça teatral O Pagador de Promessas. Adaptada para o cinema por Anselmo Duarte, O Pagador seria o primeiro filme brasileiro a receber uma indicação ao Oscar e o único a ganhar a Palma de Ouro em Cannes.
Em 1965, Dias assiste, perplexo, à proibição de sua peça O Berço do Herói, no dia da estreia. Adaptada para a televisão com o nome de Roque Santeiro, a mesma seria proibida uma década depois, também no dia de sua estreia. Somente em 1985, com o fim do Regime Militar, o público iria poder conferir a Roque Santeiro - que viria a se tornar uma das maiores audiências do gênero.
Com a implantação da Ditadura Militar no Brasil, em 1964, Dias Gomes passa a ter suas peças censuradas, uma após a outra. Demitido da Rádio Nacional, graças ao seu envolvimento com o Partido Comunista, não lhe resta outra saída senão aceitar o convite de Boni, então presidente da Rede Globo, para escrever para a televisão.
Estreou na Globo em 1969, com a novela A Ponte dos Suspiros.
De 1969 a 1979 Dias Gomes dedica-se exclusivamente ao veículo, no qual demonstra incomum talento.
Em 1973 escreveu a primeira novela a cores da televisão brasileira, O Bem Amado.
Em 1974 já falava em ecologia e no crescimento desordenado da cidade com O Espigão.
Em 1976, com Saramandaia, abordaria o realismo fantástico, então em moda na literatura.
O fracasso de Sinal de Alerta, em 1978, leva Dias a se afastar do gênero telenovela temporariamente.
Ao longo da década de 1980, Dias Gomes voltou a se dedicar ao teatro. Datam desse período os seriados O Bem Amado e Carga Pesada, e as novelas Roque Santeiro e Mandala, das quais escreveria apenas parte.
Nos anos 90, Dias Gomes viraria as costas de vez para as telenovelas, dedicando-se única e exclusivamente às minisséries.
Texte intégral
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O Pagador de promessas - Obra completa
http://sjose.com.br/download/bruno/O_Pagador_de_Promessas_-_Dias_Gomes.pdf
Introduction
En guise d’introduction - Analyse filmique
Exercice d’expression orale / Compréhension de l’image
Problématiques
Problématiques : Thématique 1 - Le théâtre contemporain
Lecture cursive – Lecture analytique de la pièce O Pagador de promessas - Dias Gomes (Œuvre complète)
Perspectives d’études : Le genre théâtral au service de la peinture de la société dans l’œuvre de Dias Gomes
La place de la femme et le rêve féminin dans la société brésilienne de l’époque (de la campagne à la ville)
La figure du « Sertanejo » ; la figure du « Malandro » ; la figure du « Padre »
Réforme agraire : opinion, politique et propagande (Communisme et pouvoir en place ; rôle de la presse)
Réforme agraire : le peuple « sans terre » face aux autres
Syncrétisme religieux et intolérance : pouvoir et religion - le pouvoir de l’église
Brésil, Brésils : monde rural, monde urbain (Salvador – Bahia)
La « parole donnée » et le couple (Foi et syncrétisme religieux - Mariage)
Peinture des mœurs : La figure du « Malandro »
Critique sociale et ironie chez Dias Gomes
Synthèse : peinture de la société et critique sociale, politique et religieuse dans la pièce de Dias Gomes
Contexte
Contextualização
Questão : Zé do burro, um homem ingénuo movido pela fé ou pelo empirismo social e político ?
Primeira chave para resolver a questão : a contextualização
1. A Reforma agrária - Definições
Reforma agrária é o termo utilizado para designar a redistribuição fundiária (agrária ou de terras) em um Estado. Quando há a concentração de terras nas mãos de uma pessoa ou poucas pessoas, temos a formação dos latifúndios (grandes propriedades de terra que, por sua extensão, não são devida e completamente exploradas).
Os latifúndios fazem com que a terra não tenha seu valor social cumprido e acarretam a desigualdade social ao servirem apenas como fonte de enriquecimento para especuladores de imóveis. A reforma agrária visa, em sua essência, a uma distribuição fundiária mais justa que contemple os agricultores menores e menos poderosos, que, em geral, praticam a agricultura e a pecuária familiar.
2. O que é reforma agrária
A reforma agrária é um tipo de reforma de base, ou seja, uma reestruturação ou mudança que afeta diretamente as bases da sociedade. A palavra “reforma” remete à melhoria ou mudança, enquanto o termo “agrária” designa estrutura fundiária, ou seja, estrutura de organização das terras de um Estado nacional.
3. Um pouco de história
A Europa e suas colônias formaram-se em cima de estruturas latifundiárias, ou seja, com a posse da terra sendo exercida por poucas pessoas. Na Modernidade, o iluminismo (corrente teórico filosófica de pensamento político que surgiu na França no século XVIII) trouxe a ideia de que a terra era um bem comum a todos que exercem a cidadania em um Estado, portanto, deve-se reconhecê-la como um bem que possui um valor social.
O valor social da terra sustenta a ideia de que deve haver a plena utilização das propriedades agrárias para a produção de alimentos e bens de consumo e a extração de recursos naturais e energia, a fim de que toda a população seja contemplada pelos bens proporcionados por ela. Nesse sentido, a formação de latifúndios não explora a terra do modo como ela deve ser e exclui aquelas pessoas que podem produzir apenas em pequena escala da cadeia produtiva.
4. Primeira reforma agrária no mundo
A Revolução Francesa foi o primeiro grande movimento político de reforma agrária da Modernidade. No Antigo Regime, em que a política era comandada por uma casta nobre e a participação do clero era direta e efetiva, a terra estava distribuída na França (e nos países europeus em geral) apenas entre a nobreza e o clero. Alguns burgueses também tinham propriedades de terra, mas essa possibilidade de posse era bem restrita e estava submetida à vontade da nobreza de vender suas propriedades.
5. História da reforma agrária no Brasil
A concentração fundiária no Brasil teve início em 1530, com a formação das capitanias hereditárias, que eram faixas de terras brasileiras, e sua doação aos capitães donatários. Os capitães tinham a missão de colonizar o território e produzir nele, e tinham, como contrapartida, que pagar o equivalente a um sexto da produção em impostos à Coroa Portuguesa.
No princípio eram apenas 14 as capitanias hereditárias, distribuídas a homens que tinham condições de produzir em terras brasileiras. No entanto, o sistema de colonização não deu certo. Alguns capitães donatários desistiram da atuação ou não quiseram arcar com os altos custos de viagem e produção em terras brasileiras. Ainda assim o território estava concentrado nas mãos de poucos.
A partir da independência do Brasil, em 1822, as terras passam a ser geridas por aqueles que tinham maior poder econômico e político. A nobreza e a alta burguesia continuaram detentoras da maior parte das terras, o que resultou num sistema desigual baseado no latifúndio e existente até os dias atuais.
Após 1850 foi implantada a Lei de Terras, que resultou em práticas de apropriação e anexação de terras por grandes proprietários via falsificação de documentos de escrituração imobiliária (prática conhecida como grilagem de terras)[1]. Em outros países capitalistas, a concentração fundiária foi eliminada ou reduzida como maneira de estimular a produção capitalista liberal. No Brasil, no entanto, a concentração fundiária ainda perdura.
6. O MST (1984 …)
[1] A grilagem consiste na anexação ou posse de terras com a forja de documentos de escrituração (documentos que comprovam a legítima propriedade da terra a uma pessoa). Os grileiros forjavam os documentos e guardavam-nos em uma gaveta ou caixa com grilos, o que dá ao papel um aspecto envelhecido. Assim muitas terras públicas foram arrendadas de maneira ilegal por posseiros que afirmavam terem-nas adquirido ou herdado de antepassados.
Fonte - Adaptação
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/reforma-agraria.htm
https://www.google.com/amp/s/m.monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/reforma-agraria.htm
Extraits
Seleção de trechos
Personagens
Exercício : Análise dos personagens
Lugar - Época
Primeiro Ato - Primeiro Quadro
Primeiro Quadro - 2 (Diálogo entre Zé e Rosa)
O Pagador de promessas - 3 - Bonitão e Marli…
Zé, Bonitão, Rosa…
Segundo Quadro
Segundo Ato
Língua
Ditado - Correção
Le film
O Pagador de promessas - No cinema
Palma de Ouro
O Filme
Teatro
Representação teatral - Análise
O Gênero dramático
Mapa mental de Quéren
Vocabulário do teatro
Fonte : https://portaldosatores.com/2014/12/05/dicionario-de-teatro/
Candomblé ?
Ir mais longe… O Candomblé
Religião e crítica social :
https://www.academia.edu/389832/SINCRETISM_IN_O_PAGADOR_DE_PROMESSAS_BY_DIAS_GOMES
Resumo
Um resumo bem legal !
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Pagador de promessas - Texte intégral
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Analyse personnages
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Primeiro Ato
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Primeiro Ato - 2
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Bonitão - 3
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Corrigé
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pagador-de-promessas_a89-2.pdf
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[1] Didascália – Instrução do Didascal aos seus intérpretes. Diz-se das indicações cênicas dadas fora do texto, separadas das réplicas.
[2] Descrição objetiva e subjetiva :
A descrição objetiva apresenta a cena (ou o objeto, a paisagem, a personagem, a situação…) de forma concreta, se aproximando da realidade, deixando de lado as impressões de quem observa. Apresenta características como : luz, cor, forma, tamanho, peso, espessura, volume, etc.
A descrição objetiva preocupa-se com a exatidão dos pormenores (detalhes) e com a precisão das palavras.
Pelo contrário…
A descrição subjetiva apresenta o objeto de maneira transfigurada, deixando livre curso a sensibilidade do observador. A cena, a personagem, os objetos são descritos da maneira como são vistos e sentidos. O observador exprime a sua emoção em relação ao objeto.
Não se preocupa com a exatidão do que é descrito, o importante sendo a transmissão das impressões que ressente, mais do que a realidade observada.
[3] O pano : Le rideau
[4] O cenário : Le décor.
[5] Linha da ribalta : Sous les projecteurs.
[6] A platéia : Le Public.
[7] Sobrados coloniais : Maisons (de ville) coloniales.
[8] Degraus : Marches (degrés).
[9] Esquina : Coin, angle de la rue, côte, montée, pente.
[10] O pronome relativo cujo é usado para indicar a noção de posse. Relaciona dois substantivos, indicando que o substantivo anterior tem a posse do substantivo posterior : "… o sobrado cuja fachada…" = a fachada do sobrado.
O uso do pronome relativo cujo permite evitar a repetição dos termos da oração, relacionando-os e sintetizando-os.
Pode atuar como adjunto adnominal ou complemento nominal, introduzindo orações subordinadas adjetivas.
[14] Légua = Cinco quilômetros
[15] Armarinho = Mercier
[16] Oxente ! Termo usado, principalmente na região nordeste do Brasil, para expressar surpresa, exclamação.
[17] Cochilar = Somnoler, s’assoupir
[18] Aviltamento = Avilissement
[19] Pele trigueira = pele morena, que tem a cor do trigo maduro. Très mate, burinée.
[20] Posseiro é a pessoa que detém a posse legal de um bem imóvel. Os posseiros são lavradores (agricultores) que, juntamente com a família, ocupam pequenas áreas de terras devolutas ou improdutivas, isto é, terras que não estão sendo utilizadas e que pertencem ao governo. São trabalhadores rurais que têm a posse, mas não têm um documento oficial que prove que eles são donos ou proprietários da terra.
O maior número de conflitos pela posse da terra envolve os posseiros e grileiros.
Posseiros são trabalhadores rurais que ocupam um pedaço de terra sem possuir o título de propriedade, onde passam a praticar uma agricultura de subsistência utilizando o trabalho da própria família. Os grileiros são, geralmente, grandes empresas ou fazendeiros que se utilizam da força e da violência para se apropriar de terras devolutas ou terras trabalhadas por posseiros. Contratam jagunços (capangas) para "limpar" o terreno, ou seja, expulsar índios e posseiros que, porventura, estejam ali fixados. Conseguem a documentação do imóvel (títulos de propriedade), muitas vezes falsificadas, transformando a terra em objeto de especulação imobiliária ou instrumento de negócios.
[21] Fin du dialogue de sourds
[22] Gradação da tensão…
[23] Frase misteriosa… Zé não está falando do burro Nicolau.
[24] Primeiro vez que Zé parece não sofrer…
[25] Importância do adjetivo "inquisitorial". Intolerância religiosa / Inquisição
[26] Frente à venda
[27] É verdade, mas já se trata de uma interpretação pessoal. Resumo = fatos, apenas fatos objetivos, sem opinião, análise ou interpretação pessoal…
[28] Mal construído. Esse "que" é longe demais da palavra a que se refere… (Confusão possível com a proximidade da palavra "presentes".)
[29] o
[30] Presente ou passado ? É preciso escolher…
[31] Depois do ponto e vírgula, não há maiúscula…
[32] Faca que tinha caido no meio da praça por causa do empurrão do Padre e que ele queria apanhar… Não estava em suas mãos.
[33] o
[34] "Ouve_se um tiro"…
[35] Mal intencionadas
[36] E com Bonitão, antigo "Secreta"…
[37] prazerosa
[38] Tinha previsto - Tempo
[39] Evite as abreviaturas num dever…
[40] Repetições "então"…
[41] Até à porta
[42] Falta aqui uma negação…
[43] Ponto ! Para deixar "respirar" o seu texto…
[44] Use vírgulas para facilitar a leitura…
[45] Já devia ser outra frase…
[46] Concordância dos tempos
[47] Hífen
[48] Anunciado ou anunciando ?
[49] O porquê
[50] Hífen
[51] Mal construído
[52] porquê (Quando "o porquê" é um nome, um substantivo, leva sempre um acento)
[53] Corte as frases.
[54] Vírgula
[55] engenhosamente
[56] repórter
[57] vendola
[58] Ponto !
[59] Vírgula !
[60] Nova ideia, nova frase…
[61] Ponto !
[62] Esta
[63] "Cortar" as frases permite organizar as ideias…
[64] "em um" ou "num"
[65] Só uma citação precisa pode apresentar valor e interesse…
[66] O altar
[67] Surge
[68] Frase incorreta, mal construída
[69] Concordância dos tempos
[70] Indignada
[71] Pense em reler…
[72] Corte !!!
[73] Falta pontuação…
[74] Corte !
[75] Monsenhor
[76] e
[77] então ?
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