O Ateneu - Raul Pompeia

Realismo - Naturalismo ? Simbolismo… ? O Ateneu, uma obra híbrida, um autor singular, original

B2 B2-C1 Histoire Œuvres en ligne Œuvres littéraires

Mis à jour le dimanche 25 août 2024 , par Angelina CAUSSÉ

O Ateneu

O Ateneu, uma crônica de saudades

Raul Pompeia

Raul Pompeia

Le récit réaliste

Raul Pompeia

Raul Pompéia, autor, contista, cronista e jornalista político brasileiro da segunda metade do século XIX, nasceu no Sul do Estado do Rio de Janeiro no dia 12 de Abril de 1863. Grande militante das causas abolicionistas, Raul d’Ávila Pompeia passou a escrever em vários jornais, dentre os quais o Gazeta de Notícias, jornal pelo qual publicou em 1888, em folhetins O Ateneu, uma crônica de saudades, que lhe deu consagração dentre a crítica.
Suicidou-se no Rio de Janeiro em 25 de Dezembro de 1895, aos 32 anos, deixando o seguinte bilhete :

“Ao jornal A Notícia, e ao Brasil, declaro que sou um homem de honra”.

Jacuecanga - Angra dos Reis - Rio de Janeiro

Jacuecanga - Angra dos Reis - Rio de Janeiro

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O Ateneu - Obra completa

O Ateneu - Texto completo

Ateneu - Capa

Contexto

En guise de guide pour une lecture analytique

Exercice de lecture et d’expression orale / Compréhension du texte

Lecture cursive et analyse pas à pas : pistes et perspectives d’étude

L’auteur - O autor

O autor

Pertenceu à alta sociedade brasileira

Raul Pompéia, autor, contista, cronista e jornalista político brasileiro da segunda metade do século XIX, nasceu no Sul do Estado do Rio de Janeiro no dia 12 de Abril de 1863. Grande militante das causas abolicionistas e do republicanismo, Raul d’Ávila Pompeia, que também foi desenhista e caricaturista, passou a escrever em vários jornais, dentre os quais o Gazeta de Notícias, jornal pelo qual publicou em folhetins os doze capítulos do romance O Ateneu, uma crônica de saudades, em 1888 [1], que lhe deu consagração dentre a crítica.

Suicidou-se no Rio de Janeiro em 25 de Dezembro de 1895, aos 32 anos, deixando o seguinte bilhete :

“Ao jornal A Notícia, e ao Brasil, declaro que sou um homem de honra”.

Conferência : "Raul Pompeia : para além de ’O Ateneu’ "

Ciclo de Conferências "A memória reverenciada"
Conferência : "Raul Pompeia : para além de O Ateneu "
Conferencista : Acadêmico Evanildo Bechara
Data : 02/07/2013

L’époque, les lieux - A época, o lugar

Época

A época : Segunda metade do século XIX - Final e decadência do Império brasileiro [2]

Data de publicação de O Ateneu : 1888

 Imperador – D. Pedro II (1831–1889) [3]
 7 de maio de 1888 : Projeto de abolição da escravatura apresentado na Câmara dos Deputados do Brasil.
 13 de maio de 1888 : A Princesa Isabel assina a Lei Áurea, que extingue a escravidão no Brasil.
 Em 1889, a monarquia brasileira foi abolida. A família imperial foi exilada por um golpe militar.

Abolição 9 de Maio

O Paiz - Abolição 9 de Maio de 1888

Fonte  : http://memoria.bn.br/

 Influências europeias e cultura ? Flaubert (Madame Bovary = Emma…)

Lugar

O lugar : O Ateneu poderia representar o Colégio Abílio que foi uma instituição de ensino que se tornou célebre por ter inspirado a obra de Raul Pompeia, que lá estudou, colégio criado pelo médico e educador baiano Abílio César Borges (Barão de Macaúbas), em 1871, num palacete da Rua Ipiranga, no atual número 70.

Le narrateur - O narrador

O Narrador

Dualidade : narrador-personagem

 Protagonista criança / Narrador adulto
 Elementos autobiográficos ? Memória, recordações ? Introspecção, análise ?
 Ajuste de contas, vingança… ?

Impessoalidade do narrador : Principalmente no Realismo europeu, é também uma das estratégias utilizadas pelos autores o uso do narrador em terceira pessoa. Isso porque esse tipo de narrador sugere certo grau de impessoalidade, enquanto o narrador em primeira pessoa – também conhecido como narrador-personagem – impõe uma visão individual sobre a realidade.

Sérgio, o narrador-personagem de O Ateneu, propõe ao leitor duas visões sobre a realidade :
 uma visão "individual", "pragmática" e objetiva, relativa ao que o personagem de Sérgio vivenciou e que ele narra em primeira pessoa,
 e uma visão quase "impessoal", porque distanciada, quando a realidade é analisada, denunciada, criticada, em compridas digressões.

Le lexique - O léxico

O léxico

Linguagem académica, culta, ao serviço da "precisão" ou do "pudor" ? (Embelezar a crua realidade)

Les temps de la narration - Os tempos da narração

Os tempos da narração

Uma narração memorialística

 Tempos do passado : o enredo, história contada.

Parte das reminiscências autobiográficas ?
Tom confessional ?
Parte de ficção ?

Uma reação e uma reflexão contra discursos e atos autoritários, "totalitários"…

 Tempo presente : as digressões psicológicas e filosóficas

Análise psicológica, introspecção
Análise e crítica social, política, filosófica
Reflexão, tentativa de compreensão desse mundo decadente…

Le style - O estilo

O estilo

Riquíssimo, rebuscado, requintado.

Daí, pouco "espontâneo" = pouco "sincero" ?

 Quase "barroco" ?

Objetivo ?

Les descriptions et portraits - As descrições e retratos

Descrições e retratos pormenorizados

Uma precisão "científica", em que se misturam a objetividade realista e uma subjetividade muito "impressionista", por inumeráveis "toques"… O contrário do superficial.

Les personnages - Os personagens

Personagens evocados

Personagens

La trame / O enredo

O enredo

La trame du récit (l’intrigue) / O enredo da narrativa

Dois anos da vida de Sérgio no internato… (dos onze aos treze)

Falta de enredo ?

Para além de contar um enredo, as narrativas realistas também buscavam construir análises – muitas vezes, inclusive, utilizando métodos científicos – da sociedade contada nas histórias. Por isso, é comum ver longos trechos de digressão (quando a narrativa é interrompida para que o narrador promova uma reflexão)
Fonte

Les thématiques - As temáticas

As temáticas

Múltiplas : A crítica, a luta, a acusação… ?

Temas :

  • La fin de l’enfance de Sérgio. O fim da infância de Sérgio
  • La découverte du "monde". A descoberta do mundo
  • L’éducation et le savoir : des armes. A educação e o saber : armas
  • L’autoritarisme et l’opression. O autoritarismo e a opressão
  • Foi et vertu : deux vains mots ? Fé e virtude : duas palavras vãs ?
  • Le bien et le mal. O bem e o mal
  • Désirs et interdits. Desejos e interdição
  • Sexualité et homosexualité. Sexualidade e homossexualidade
  • La punition, appareil du savoir. A punição, aparelho do saber
  • La prise de conscience politique. A tomada de consciência política
  • Le "moi". O "Eu"
  • La variation du point de vue.
  • L’influence des lectures. (Emma et Ema). A influência das leituras (Emma et Ema)
  • Lucidité et illusion dans le rapport au monde. Lucidez e ilusão na relação ao mundo
  • L’auteur dans son œuvre, les rapports de la vie et de l’invention.

Les problématiques - As problemáticas

Classificar a obra de O Ateneu em um estilo literário preciso, entre realismo e naturalismo - movimentos em que deveria logicamente se inserir a obra - é algo bem complicado…

Problemáticas

Uma obra destinada a que público ?

 Apenas a um público em capacidade de ler, decifrar e entender a complexidade e a riqueza de um "estilo" adquirido pelo autor nas entranhas mesmo de uma intituição educacional muito parecida com o colégio de que ele faz a crítica… Paradoxo.
 Uma obra de difícil acesso.
 Um estilo tão requintado que torna a leitura dificilmente acessível.

Uma obra autobiográfica, com que objetivo ?

 Testemunho ? (descrição de uma época, do "mundo" enfrentado quando criança, tal como o tinha avisado o pai…)
 Depoimento ? (acusação : contra o sistema educacional, político, contra as pessoas, as ofensas e humilhações…)
 Confissão ? (introspecção, busca da absolvição dos "pecados" através de uma declaração de culpa - mas o culpado não é a inocente criança…)
 Oferecer uma visão e uma análise crítica de um microcosmo à imagem da sociedade da época.
 Chamar atenção do leitor sobre uma realidade particular recordada (vivenciada por uma criança) sobre as mazelas e a decadência dessa sociedade carioca elitista da segunda metade do século XIX
 Libertar-se dessas "puras recordações", até o desfecho : "funeral para sempre das horas."

Romance ou crônica ? Ou panfleto… ?

 Publicação em doze folhetins no jornal "Gazeta de notícias", periódico de oposição a D. Pedro II. O autor pintou a sociedade imperial, patriarcal, escravocrata, elitista, cujo poder se baseava na força econômica e… cultural.

 Um comprido panfleto… ?
Obra literária que ataca um poder, uma instituição ou pessoas conhecidas, denunciando, caricaturando, denigrindo… [4]

 Razões do conflito com um internato brasileiro do reinado de Pedro II ?

 Que soluções - se as há - são propostas por Raul Pompéia na sua obra ?

Trechos

Seleção de trechos

O Ateneu

Trecho n°1

Trecho n°1

Trecho n°1

Os tempos da narração

Ateneu - Extrait n°1

Capítulo I

I. Destacada do conchego placentário da dieta caseira… [5]

***

“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai [6], à porta do Ateneu. Coragem para a luta.” [7] Bastante experimentei depois a verdade [8] deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico, diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera [9] brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos [10], entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos [11] ; como se a mesma incerteza de hoje [12], sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a enfiada das decepções [13] que nos ultrajam.
Eufemismo [14], os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas [15]. Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de esperanças [16], a atualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de ouro mais pela manhã, um pouco mais de púrpura ao crepúsculo — a paisagem é a mesma de cada lado beirando a estrada da vida [17].

***

Eu tinha onze anos.
Frequentara como externo, durante alguns meses, uma escola familiar do Caminho Novo, onde algumas senhoras inglesas, sob a direção do pai, distribuíam educação à infância como melhor lhes parecia. Entrava às nove horas, timidamente, ignorando as lições com a maior regularidade, e bocejava até às duas, torcendo-me de insipidez sobre os carcomidos [18] bancos que o colégio comprara, de pinho e usados, lustrosos do contato da malandragem de não sei quantas gerações de pequenos. Ao meio-dia, davam-nos pão com manteiga. Esta recordação gulosa é o que mais pronunciadamente me ficou dos meses de externato ; com a lembrança de alguns companheiros — um que gostava de fazer rir à aula, espécie interessante de mono [19] louro, arrepiado, vivendo a morder, nas costas da mão esquerda, uma protuberância calosa que tinha ; outro adamado [20], elegante, sempre retirado, que vinha à escola de branco, engomadinho e radioso, fechada a blusa em diagonal do ombro à cinta por botões de madrepérola [21]. Mais ainda : a primeira vez que ouvi certa injúria crespa [22], um palavrão cercado de terror no estabelecimento, que os partistas [23] denunciavam às mestras por duas iniciais como em monograma.
Lecionou-me depois um professor em domicílio.
Apesar deste ensaio da vida escolar a que me sujeitou a família, antes da verdadeira provação, eu estava perfeitamente virgem para as sensações novas da nova fase. O internato ! Destacada do conchego placentário da dieta caseira, vinha próximo o momento de se definir a minha individualidade. Amarguei por antecipação o adeus às primeiras alegrias ; olhei triste os meus brinquedos, antigos já ! os meus queridos pelotões de chumbo ! espécie de museu militar de todas as fardas, de todas as bandeiras, escolhida amostra da força dos estados, em proporções de microscópio, que eu fazia formar a combate como uma ameaça tenebrosa ao equilíbrio do mundo ; que eu fazia guerrear em desordenado aperto [24], — massa tempestuosa das antipatias geográficas, encontro definitivo e ebulição dos seculares ódios de fronteira e de raça, que eu pacificava por fim, com uma facilidade de Providência Divina, intervindo sabiamente, resolvendo as pendências [25] pela concórdia promíscua [26] das caixas de pau. Força era deixar à ferrugem do abandono o elegante vapor da linha circular do lago, no jardim, onde talvez não mais tornasse a perturbar com a palpitação das rodas a sonolência morosa dos peixinhos rubros, dourados, argentados, pensativos à sombra dos tinhorões [27], na transparência adamantina [28] da água…
Mas um movimento animou-me, primeiro estímulo sério da vaidade : distanciava-me da comunhão da família, como um homem ! ia por minha conta empenhar a luta dos merecimentos ; e a confiança nas próprias forças sobrava. Quando me disseram que estava a escolha feita da casa de educação que me devia receber, a notícia veio achar-me em armas para a conquista audaciosa do desconhecido.
Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos e eu parti.
Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha instalação.
Ateneu era o grande colégio da época [29].

Trecho n°2

Trecho n°2

Trecho n°2

Ateneu - Extrait n°2

2. Ateneu era o grande colégio da época.

Retrato social, psicológico e físico do Dr. Aristarco.
Uma pintura "impressionista", por toques estilísticos, de uma realidade vivida. Ironia cruzada com metáforas ao serviço de uma crítica…
Um colégio para "a fina flor da mocidade brasileira".

Qual será o objeto da crítica… ?
 a avidez de superioridade, de poder, de reconhecimento ?
 a propaganda
 a mentira

***

Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido reclame, mantido por um diretor que de tempos a tempos reformava o estabelecimento, pintando-o jeitosamente de novidade, como os negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de última remessa ; o Ateneu desde muito tinha consolidado crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo vistoso dos anúncios  [30].
O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com o seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda pelas províncias, conferências em diversos pontos da cidade, a pedidos, à substância, atochando [31] a imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares, fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido [32] concurso de professores prudentemente anônimos, caixões e mais caixões de volumes cartonados em Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-se ao pasmo venerador dos esfaimados [33] de alfabeto dos confins da pátria. Os lugares que os não procuravam eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita, espontânea, irresistível ! E não havia senão aceitar a farinha daquela marca para o pão do espírito. E engordavam as letras, à força, daquele pão. Um benemérito [34]. Não admira que em dias de gala, íntima ou nacional, festas do colégio ou recepção da coroa [35], o largo peito do grande educador desaparecesse sob constelações de pedraria, opulentando a nobreza de todos os honoríficos berloques [36].
Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar o pulso ao homem. Não só as condecorações gritavam-lhe do peito como uma couraça de grilos : Ateneu ! Ateneu ! Aristarco, todo era um anúncio. Os gestos, calmos, soberanos, eram de um rei — o autocrata [37] excelso [38] dos silabários ; a pausa hierática [39] do andar deixava sentir o esforço, a cada passo, que ele fazia para levar adiante, de empurrão, o progresso do ensino público ; o olhar fulgurante, sob a crispação áspera dos supercílios de monstro japonês, penetrando de luz as almas circunstantes — era a educação da inteligência ; o queixo, severamente escanhoado, de orelha a orelha, lembrava a lisura das consciências limpas — era a educação moral. A própria estatura, na imobilidade do gesto, na mudez do vulto, a simples estatura dizia dele : aqui está um grande homem… não vêem os côvados de Golias ? [40] !… Retorça-se sobre tudo isto um par de bigodes, volutas maciças de fios alvos, torneadas a capricho, cobrindo os lábios, fecho de prata sobre o silêncio de ouro [41], que tão belamente impunha como o retraimento [42] fecundo do seu espírito [43], — teremos esboçado, moralmente, materialmente, o perfil do ilustre diretor. Em suma, um personagem que, ao primeiro exame, produzia-nos a impressão de um enfermo, desta enfermidade [44] atroz e estranha : a obsessão da própria estátua. Como tardasse a estátua, Aristarco interinamente satisfazia-se com a afluência dos estudantes ricos para o seu instituto. De fato, os educandos do Ateneu significavam a fina flor da mocidade brasileira.
A irradiação da réclame alongava de tal modo os tentáculos através do país, que não havia família, de dinheiro, enriquecida pela setentrional borracha ou pela charqueada do sul, que não reputasse um compromisso de honra com a posteridade doméstica mandar dentre seus jovens, um, dois, três representantes abeberar [45]-se à fonte espiritual do Ateneu.
Fiados nesta seleção apuradora, que é comum o erro sensato [46] de julgar melhores famílias as mais ricas, sucedia que muitas, indiferentes mesmo e sorrindo do estardalhaço [47] da fama, lá mandavam os filhos. Assim entrei eu.

Trecho n°3

Trecho n°3

Trecho n°3

Ateneu - Extrait n°3

3. Uma festa de encerramento de trabalhos.

Apologia, luxo e solenidade,
"Cendrillon malfeito da burguesia conservadora".
"Eu recebia tudo convictamente, como o texto da bíblia do dever…"
"Parecia-me estar vendo a legião dos amigos do estudo, mestres à frente, na investida heróica do obscurantismo, agarrando pelos cabelos, derribando, calcando aos pés a Ignorância e o Vício…"

Protagonista e narrador : que distanciação ?

***

A primeira vez que vi o estabelecimento, foi por uma festa de encerramento de trabalhos.
Transformara-se em anfiteatro uma das grandes salas da frente do edifício, exatamente a que servia de capela ; paredes estucadas de suntuosos relevos, e o teto aprofundado em largo medalhão, de magistral pintura, onde uma aberta de céu azul despenhava aos cachos deliciosos anjinhos, ostentando atrevimentos róseos de carne, agitando os minúsculos pés e as mãozinhas, desatando fitas de gaza no ar. Desarmado o oratório, construíram-se bancadas circulares, que encobriam o luxo das paredes. Os alunos ocupavam a arquibancada. Como a maior concorrência preferia sempre a exibição dos exercícios ginásticos, solenizada dias depois do encerramento das aulas, a acomodação deixada aos circunstantes era pouco espaçosa ; e o público, pais e correspondentes em geral, porém mais numeroso do que se esperava, tinha que transbordar da sala da festa para a imediata. Desta ante-sala, trepado a uma cadeira, eu espiava. Meu pai ministrava-me informações. Diante da arquibancada, ostentava-se uma mesa de grosso pano verde e borlas de ouro. Lá estava o diretor, o ministro do império, a comissão dos prêmios. Eu via e ouvia. Houve uma alocução comovente de Aristarco ; houve discursos de alunos e mestres ; houve cantos, poesias declamadas em diversas línguas. O espetáculo comunicava-me certo prazer respeitoso. O diretor, ao lado do ministro, de acanhado físico, fazia-o incivilmente desaparecer na brutalidade de um contraste escandaloso. Em grande tenue dos dias graves, sentava-se, elevado no seu orgulho como em um trono. A bela farda negra dos alunos, de botões dourados, infundia-me a consideração tímida de um militarismo brilhante, aparelhado para as campanhas da ciência e do bem. A letra dos cantos, em coro dos falsetes indisciplinados da puberdade ; os discursos, visados pelo diretor, pançudos de sisudez, na boca irreverente da primeira idade, como um Cendrillon malfeito da burguesia conservadora, recitados em monotonia de realejo e gestos rodantes de manivela, ou exagerados, de voz cava e caretas de tragédia fora de tempo, eu recebia tudo convictamente, como o texto da bíblia do dever ; e as banalidades profundamente lançadas como as sábias máximas do ensino redentor. Parecia-me estar vendo a legião dos amigos do estudo, mestres à frente, na investida heróica do obscurantismo, agarrando pelos cabelos, derribando, calcando aos pés a Ignorância e o Vício, misérrimos trambolhos, consternados e esperneantes.
Um discurso principalmente impressionou-me. À direita da comissão dos prêmios, ficava a tribuna dos oradores. Galgou-a firme, tesinho, O Venâncio, professor do colégio, a quarenta mil-réis por matéria, mas importante, sabendo falar grosso, o timbre de independência, mestiço de bronze, pequenino e tenaz, que havia de varar carreira mais tarde. O discurso foi o confronto chapa dos torneios medievais com o moderno certame das armas da inteligência ; depois, uma preleção pedagógica, tacheada de flores de retórica a martelo ; e a apologia da vida de colégio, seguindo-se a exaltação do Mestre em geral e a exaltação, em particular, de Aristarco e do Ateneu.

Trecho n°4

Trecho n°4

Trecho n°4

Ateneu - Extrait n°4

4. Peroração de Venâncio

Protagonista e narrador : que distanciação ?

“O mestre, perorou Venâncio, é o prolongamento do amor paterno, é o complemento da ternura das mães, o guia zeloso dos primeiros passos, na senda escabrosa que vai às conquistas do saber e da moralidade. Experimentado no labutar cotidiano da sagrada profissão, o seu auxílio ampara-nos como a Providência na Terra ; escolta-nos assíduo como um anjo da guarda ; a sua lição prudente esclarece-nos a jornada inteira do futuro. Devemos ao pai a existência do corpo ; o mestre cria-nos o espírito (sorites de sensação), e o espírito, é a força que impele, o impulso que triunfa, o triunfo que nobilita, o enobrecimento que glorifica, e a glória é o ideal da vida, o louro do guerreiro, o carvalho do artista, a palma do crente ! A família, é o amor no lar, o estado é a segurança civil ; o mestre, com amor forte que ensina e corrige, prepara-nos para a segurança íntima inapreciável da vontade. Acima de Aristarco — Deus ! Deus tão-somente ; abaixo de Deus — Aristarco.”
Um último gesto espaçoso, como um jamegão1 no vácuo, arrematou o rapto de eloquência.
Eu me sentia compenetrado daquilo tudo ; não tanto por entender bem, como pela facilidade da fé cega a que estava disposto. As paredes pintadas da ante-sala imitavam pórfiro verde ; em frente ao pórtico aberto para o jardim, graduava-se uma ampla escada, caminho do andar superior. Flanqueando a majestosa porta desta escada, havia dois quadros de alto-relevo ; à direita, uma alegoria das artes e do estudo ; à esquerda, as indústrias humanas, meninos nus como nos frisos de Kaulbach, risonhos, com a ferramenta simbólica — psicologia pura do trabalho, modelada idealmente na candura do gesso e da inocência. Eram meus irmãos ! Eu estava a esperar que um deles, convidativo, me estendesse a mão para o bailado feliz que os levava. Oh ! que não seria o colégio, tradução concreta da alegoria, ronda angélica de corações à porta de um templo, dulia permanente das almas jovens no ritual austero da virtude !
Por ocasião da festa da ginástica, voltei ao colégio.
O Ateneu estava situado no Rio Comprido, extremo ao chegar aos morros.
As eminências de sombria pedra e a vegetação selvática debruçavam sobre o edifício um crepúsculo de melancolia, resistente ao próprio sol a pino dos meios-dias de novembro. Esta melancolia era um plágio [48] ao detestável pavor monacal de outra casa de educação, o negro Caraça de Minas [49]. Aristarco dava-se palmas desta tristeza aérea — a atmosfera moral da meditação e do estudo, definia, escolhida a dedo para maior luxo da casa, como um apêndice mínimo da arquitetura.
No dia da festa da educação física, como rezava o programa (programa de arromba [50], porque o secretário do diretor tinha o talento dos programas) não percebi a sensação de ermo [51] tão acentuada em sítios montanhosos, que havia de notar depois. As galas do momento faziam sorrir a paisagem. O arvoredo do imenso jardim, entretecido a cores por mil bandeiras, brilhava ao sol vivo com o esplendor de estranha alegria ; os vistosos panos, em meio da ramagem, fingiam flores colossais, numa caricatura extravagante de primavera ; os galhos frutificavam em lanternas venezianas, pomos de papel enormes, de uma uberdade [52] carnavalesca. Eu ia carregado, no impulso da multidão. Meu pai prendia-me solidamente o pulso, que me não extraviasse [53].
Mergulhado na onda, eu tinha que olhar para cima, para respirar. Adiante de mim, um sujeito mais próximo fez-me rir ; levava de fora a fralda da camisa [54]… Mas não era fralda ; verifiquei que era o lenço. Do chão subia um cheiro forte de canela pisada ; através das árvores, com intervalos, passavam rajadas de música, como uma tempestade de filarmônicas.
Um último aperto mais rijo, estalando-me as costelas, espremeu-me, por um estreito corte de muro, para o espaço livre.
Em frente, um gramal [55] vastíssimo.

Trecho n°5

Trecho n°5

Trecho n°5

Ateneu - Extrait n°5

5. A princesa imperial, Regente nessa época, achava-se à direita em gracioso palanque de sarrafos.

Onde se assiste ao "triunfo espetaculoso da saúde, da força, da mocidade".
E onde o protagonista fica ingenuamente entusiasmado pela descoberta do novo mundo se abrindo a ele… : "O coração pulava-me no peito com um alvoroço novo, que me arrastava para o meio dos alunos, numa leva ardente de fraternidade."

Em frente, um gramal vastíssimo. Rodeava-o uma ala de galhardetes [56], contentes no espaço, com o pitoresco dos tons enérgicos cantando vivo sobre a harmoniosa surdina do verde das montanhas. Por todos os lados apinhava-se o povo. Voltando-me, divisei, ao longo do muro, duas linhas de estrado com cadeiras quase exclusivamente ocupadas por senhoras, fulgindo [57] os vestuários, em violenta confusão de colorido. Algumas protegiam o olhar com a mão enluvada, com o leque, à altura da fronte, contra a rutilação do dia num bloco de nuvens que crescia do céu. Acima do estrado balouçavam docemente e sussurravam bosquetes de bambu, projetando franjas longuíssimas de sombra pelo campo de relva.
Algumas damas empunhavam binóculos. Na direção dos binóculos distinguia-se um movimento alvejante [58]. Eram os rapazes. “Aí vêm ! disse-me meu pai ; vão desfilar por diante da princesa.” A princesa imperial, Regente nessa época, achava-se à direita em gracioso palanque de sarrafos [59].
Momentos depois, adiantavam-se por mim os alunos do Ateneu. Cerca de trezentos ; produziam-me a impressão do inumerável. Todos de branco, apertados em larga cinta vermelha, com alças de ferro sobre os quadris e na cabeça um pequeno gorro cingido por um cadarço [60] de pontas livres. Ao ombro esquerdo traziam laços distintivos das turmas. Passaram a toque de clarim, sopesando os petrechos diversos dos exercícios. Primeira turma, os halteres ; segunda, as massas ; terceira, as barras.
Fechavam a marcha, desarmados, os que figurariam simplesmente nos exercícios gerais.
Depois de longa volta, a quatro de fundo, dispuseram-se em pelotões, invadiram o gramal e, cadenciados pelo ritmo da banda de colegas, que os esperava no meio do campo, com a certeza de amestrada disciplina, produziram as manobras perfeitas de um exército sob o comando do mais raro instrutor.
Diante das fileiras, Bataillard, o professor de ginástica, exultava envergando a altivez do seu sucesso na extremada elegância do talhe [61], multiplicando por milagroso desdobramento o compêndio inteiro da capacidade profissional, exibida em galeria por uma série infinita de atitudes. A admiração hesitava a decidir-se pela formosura masculina e rija da plástica de músculos a estalar o brim do uniforme, que ele trajava branco como os alunos, ou pela nervosa celeridade [62] dos movimentos, efeito elétrico de lanterna mágica, respeitando-se na variedade prodigiosa a unidade da correção suprema.
Ao peito tilintavam-se as agulhetas do comando, apenas de cordões vermelhos em trança. Ele dava as ordens fortemente, com uma vibração penetrante de corneta que dominava a distância, e sorria à docilidade mecânica dos rapazes. Como oficiais subalternos, auxiliavam-no os chefes de turma, postados devidamente com os pelotões, sacudindo à manga distintivos de fita verde e canutilho [63].
Acabadas as evoluções, apresentaram-se os exercícios. Músculos do braço, músculos do tronco, tendões dos jarretes, a teoria toda do corpore sano [64] foi praticada valentemente ali, precisamente, com a simultaneidade exata das extensas máquinas. Houve após, o assalto aos aparelhos. Os aparelhos alinhavam-se a uma banda do campo, a começar do palanque da Regente. Não posso dar ideia do deslumbramento que me ficou desta parte. Uma desordem de contorções, deslocadas e atrevidas ; uma vertigem de volteios à barra fixa, temeridades acrobáticas ao trapézio, às perchas, às cordas, às escadas ; pirâmides humanas sobre as paralelas, deformando-se para os lados em curvas de braços e ostentações vigorosas de tórax ; formas de estatuária viva, trêmulas de esforço, deixando adivinhar de longe o estalido dos ossos desarticulados ; posturas de transfiguração sobre invisível apoio ; aqui e ali uma cabecinha loura, cabelos em desordem cacheados à testa, um rosto injetado pela inversão do corpo, lábios entreabertos ofegando, olhos semicerrados para escapar à areia dos sapatos, costas de suor, colando a blusa em pasta, gorros sem dono que caíam do alto e juncavam a terra ; movimento, entusiasmo por toda a parte e a soalheira, branca nos uniformes, queimando os últimos fogos da glória diurna sobre aquele triunfo espetaculoso da saúde, da força, da mocidade.
O Professor Bataillard, enrubescido de agitação, rouco de comandar, chorava de prazer. Abraçava os rapazes indistintamente. Duas bandas militares revezavam-se ativamente, comunicando a animação à massa dos espectadores. O coração pulava-me no peito com um alvoroço novo, que me arrastava para o meio dos alunos, numa leva ardente de fraternidade. Eu batia palmas ; gritos escapavam-me, de que me arrependia quando alguém me olhava.

O Ateneu - pp. 22-24

Trecho n°6

Trecho n°6

Trecho n°6

Ateneu - Extrait n°6

6. A

Deram fim à festa os saltos, os páreos de carreira, as lutas romanas e a distribuição dos prêmios de ginástica, que a mão egrégia da Sereníssima Princesa e a pouco menos do Esposo Augusto alfinetavam sobre os peitos vencedores. Foi de ver-se os jovens atletas aos pares aferrados, empuxando-se, constringindo-se, rodopiando, rolando na relva com gritos satisfeitos e arquejos de arrancada ; os corredores, alguns em rigor, respiração medida, beiços unidos, punhos cerrados contra o corpo, passo miúdo e vertiginoso ; outros, irregulares, bracejantes prodigalizando pernadas, rasgando o ar a pontapés, numa precipitação desengonçada de avestruz, chegando estofados, com placas de poeira na cara, ao poste da vitória.
Aristarco arrebentava de júbilo. Pusera de parte o comedimento soberano que eu lhe admirara na primeira festa. De ponto em branco, como a rapaziada, e chapéu-do-chile, distribuía-se numa ubiquidade impossível de meio ambiente. Viam-no ao mesmo tempo a festejar os príncipes com o risinho nasal, cabritante, entre lisonjeiro e irônico, desfeito em etiquetas de reverente súdito e cortesão ; viam-no bradando ao professor de ginástica, a gesticular com o chapéu seguro pela copa ; viam-no formidável, com o perfil leonino rugir sobre um discípulo que fugira aos trabalhos, sobre outro que tinha limo nos joelhos, de haver lutado em lugar úmido, gastando tal veemência no ralho, que chegava a ser carinhoso.
O figurino campestre rejuvenescera-o. Sentia as pernas leves e percorria celerípede a frente dos estrados, cheio de cumprimentos para os convidados especiais e de interjetivos amáveis para todos. Perpassava como uma visão de brim claro, súbito extinta para reaparecer mais viva noutro ponto. Aquela expansão vencia-nos ; ele irradiava de si, sobre os alunos, sobre os espectadores, o magnetismo dominador dos estandartes de batalha. Roubava-nos dois terços da atenção que os exercícios. pediam ; indenizava-nos com o equivalente em surpresas de vivacidade, que desprendia de si, profusamente, por erupções de jorro em roda, por ascensões cobrejantes de girândola, que iam às nuvens, que baixavam depois serenamente, diluídas na viração da tarde, que os pulmões bebiam. Ator profundo, realizava ao pé da letra, a valer, o papel diáfano, sutil, metafísico, de alma da festa e alma do seu instituto.
Uma coisa o entristeceu, um pequenino escândalo. Seu filho Jorge, na distribuição dos prêmios, recusara-se a beijar a mão da princesa, como faziam todos ao receber a medalha. Era republicano o pirralho ! Tinha já aos quinze anos as convicções ossificadas na espinha inflexível do caráter ! Ninguém mostrou perceber a bravura. Aristarco, porém, chamou o menino à parte. Encarou-o silenciosamente e — nada mais. E ninguém mais viu o republicano ! Consumira-se naturalmente o infeliz, cremado ao fogo daquele olhar ! Nesse momento as bandas tocavam o hino da monarquia jurada, última verba do programa.
Começava a anoitecer, quando o colégio formou ao toque de recolher. Desfilaram aclamados, entre alas de povo, e se foram do campo, cantando alegremente uma canção escolar.
À noite houve baile nos três salões inferiores do lance principal do edifício e iluminação no jardim.
Na ocasião em que me ia embora, estavam acendendo luzes variadas de Bengala diante da casa. O Ateneu, quarenta janelas, resplendentes do gás interior, dava-se ares de encantamento com a iluminação de fora. Erigia-se na escuridão da noite, como imensa muralha de coral flamante, como um cenário animado de safira com horripilações errantes de sombra, como um castelo fantasma batido de luar verde emprestado à selva intensa dos romances cavalheirescos, despertado um momento da legenda morta para uma entrevista de espectros e recordações. Um jacto de luz elétrica, derivado de foco invisível, feria a inscrição dourada ATHENÆUM em arco sobre as janelas centrais, no alto do prédio. A uma delas, à sacada, Aristarco mostrava-se. Na expressão olímpica do semblante transpirava a beatitude de um gozo superior. Gozava a sensação prévia, no banho luminoso, da imortalidade a que se julgava consagrado. Devia ser assim : — luz benigna e fria, sobre bustos eternos, o ambiente glorioso do Panteão. A contemplação da posteridade embaixo.
Aristarco tinha momentos destes, sinceros. O anúncio confundia-se com ele, suprimia-o, substituía-o, e ele gozava como um cartaz que experimentasse o entusiasmo de ser vermelho. Naquele momento, não era simplesmente a alma do seu instituto, era a própria feição palpável, a síntese grosseira do título, o rosto, a testada, o prestígio material de seu colégio, idêntico com as letras que luziam em auréola sobre a cabeça. As letras, de ouro ; ele, imortal : única diferença.
Guardei, na imaginação infantil, a gravura desta apoteose com o atordoamento ofuscado, mais ou menos de um sujeito partindo à meia-noite de qualquer teatro, onde, em mágica beata, Deus Padre pessoalmente se houvesse prestado a concorrer para a grandeza do último quadro. — Conheci-o solene na primeira festa, jovial na segunda ; conheci-o mais tarde em mil situações, de mil modos ; mas o retrato que me ficou para sempre do meu grande diretor, foi aquele — o belo bigode branco, o queixo barbeado, o olhar perdido nas trevas, fotografia estática, na aventura de um raio elétrico.

O Ateneu - pp 24-27

Trecho n°7

Trecho n°7

Trecho n°7

Ateneu - Extrait n°7

Descrição

Descrição

Descrição

Tipo de Descrição : Uma descrição objetiva ou subjetiva ?

  • Descrição objetiva e subjetiva :
    A descrição objetiva apresenta a cena (ou o objeto, a paisagem, o personagem, a situação…) de forma concreta, se aproximando da realidade, deixando de lado as impressões de quem observa. Apresenta características como : luz, cor, forma, tamanho, peso, espessura, volume, etc.
    A descrição objetiva preocupa-se com a exatidão dos pormenores (detalhes) e com a precisão das palavras.
    Pelo contrário…
  • A descrição subjetiva apresenta o objeto de maneira transfigurada, deixando livre curso a sensibilidade do observador. A cena, o personagem, os objetos são descritos da maneira como são vistos e sentidos. O observador exprime a sua emoção em relação ao objeto.
    Não se preocupa com a exatidão do que é descrito, o importante sendo a transmissão das impressões que ressente, mais do que a realidade observada.

Personagens

Personagens

Personagens

Personagens

Sérgio
Aristarco
Ema

Exercício : Caraterização e análise dos personagens

Personagens : quem são ?

Análise dos personagens

PersonagensCaracterísticas sociaisAspetos físicosAspetos psicológicos Função no romance / Ação
Narrador
Pai
Mãe

Análises

Uma análise

Os personagens de O Ateneu são narrados exteriormente. Ou seja, são vistos a partir da percepção de Sérgio, que conta a história em primeira pessoa. Isso difere da tradição naturalista, em que o narrador em terceira pessoa, e muitas vezes onisciente, conhece todos os pensamentos e as ações dos personagens.

SÉRGIO - narrador-protagonista, relata o período em que esteve no Ateneu.

ARISTARCO - na etimologia, seu nome significa "governo dos melhores" ; é o diretor do Ateneu, mentor pedagógico da escola, egocêntrico e moralista. É possível observar a ironia presente no nome do dono do colégio.

FRANCO - aluno, bode expiatório de todos no internato, inclusive de Aristarco.

BENTO ALVES - personagem misterioso, figura como protetor.

DR. CLÁUDIO - professor, uma das poucas pessoas do colégio apresentadas como íntegras.

RABELO - o conselheiro.

SANCHES - amigo, colega da classe.

EMA - seu nome é anagrama de mãe ; esposa de Aristarco, cuida dos educandos quando esses estão doentes, sendo uma espécie de mãe dos alunos.

Fonte

Outra análise :

D. Ema : Nome tomado de empréstimo da personagem de Gustave Flaubert, escritor francês que imortalizou uma figura feminina com Ema Bovary. Em O Ateneu, D. Ema é a esposa do autoritário diretor e sua figura a ele se opõe : "bela mulher em plena prosperidade dos trinta anos de Balzac.

Ângela : É uma empregada do colégio, "Grande, carnuda, sanguínea e fogosa" – é a materialização do sexo e da classe social inferior a serviço, quer no plano do trabalho ou no da sexualidade, de uma sociedade mais elevada. Embora seja bela, torna-se o símbolo do mal.

Os colegas : São apresentados como tipos, personagens nas quais se fixam características especificas que as definem. São personagens planas com comportamentos previsíveis.

Egbert : Um verdadeiro amigo : "Conheci pela primeira vez a amizade", "a ternura de irmão mais velho", disse Sérgio.

Rebelo : É o aluno modelo, exemplar, para o qual todos os demais são inferiores e sem importância.

Franco : É a vítima, o mártir, o alvo sobre o qual se descarrega toda a violência do internato, "a humildade vencida", "não ria nunca, sorria", "vivia isolado…".

Sanches : É o sedutor, que oferece proteção aos meninos novos e indefesos e ainda os ajuda nos estudos. Salva Sérgio de um afogamento na piscina, talvez, provocado pelo próprio Sanches, insinua o narrador.

Bento Alves : "estimei-o femininamente, porque era grande, forte, bravo ; porque me podia valer ; porque me respeitava, quase tímido, como se não tivesse ânimo de ser amigo."

Barreto : É um aluno, fanático religioso.

Rômulo : É o "Mestre Cook", por causa de sua paixão por comida.

Fonte

Resumo

Lugar - Época

Lugar - Época

Lugar - Época

Publicação : - 1888 - Século XIX
Ação : - Rio
Época : - Atual (= isto é…………………….. )

Estilo

Estilo

Figuras de estilo

Documento e exercício

Figuras de linguagem

Trabalhos dos alunos

Trabalhos dos alunos

1. Emmanuella

Emmanuella

Exercício n°1 - Versão n°1

[1] Têmpera : uma pessoa com caráter bruto

[2] Eufemismo :eufemismo è uma expreçao menos ofensiva

[3] Carcomidos : aprodecido

[4] Mono : espèce de macaco

[5] Adamado :efeminado

[6] Madrepérola : alguma animais marinhos

[7] Crespa :

[8] Partistas :

[9] Aperto :

[10] Pendências :

[11] Promíscua :

[12] Tinhorões : uma planta

[13] Adamandina :

Versão n°2

[1] Têmpera : uma pessoa com caráter bruto

[2] Eufemismo : eufemismo è [65] uma expreçao [66] menos ofensiva ✓

[3] Carcomidos : aprodecido ✓

[4] Mono : sujeito deselegante

[5] Adamado :efeminado ✓

[6] Madrepérola : alguma animais marinhos [67]

[7] Crespa : rugoso ✓

[8] Partistas :

[9] Aperto : angústia

[10] Pendências : debate

[11] Promíscua : confundido

[12] Tinhorões : uma planta sentido figurado [68]

[13] Adamandina : adiamantada (diamantes) ✓

2. Gabriella

Gabriella

Exercício n°1

[1] Têmpera : Uma pessoa com consistência / carácteres bruscos

[2] Eufemismo : Minimizar o sentindo de alguma coisa / quando tornamos uma coisa não tão boa em uma coisa bonita ✓

[3] Carcomidos : Desgastados
Algo que já foi usado por muito tempo e acabou apodrecendo / ficando gasto ✓

[4] Mono : Uma espécie de macaco que adora fazer malandragens / travessuras ✓

[5] Adamado : Efeminado / um menino que tem características femininas ✓

[6] Madrepérola : São pérolas de ostras / Pérolas que indicam muito sobre a época / quase uma joia usada pelos nobre. ✓ Nácar…

[7] Crespa : Um palavrão forte

[8] Partistas :

[9] Aperto : Saudade / medo /

[10] Pendências : Algo que ainda está para se fazer

[11] Promíscua : Bem perto / lado a lado ✓

[12] Tinhorões : ervas / árvores ✓ (Planta…)

[13] Adamandina : cristalina ✓

3. Paulo

Paulo

Exercício n°1

[1] Têmpera : _Palavra seguida por brusca, se referindo a [69] atmosfera brusca porém nem tanto. Assim, servindo de um diminutivo no significado de brusca_

[2] Eufemismo : _aliviar o peso de um fato utilizando outra(s) palavra(s) para então tornar-lo [70] mais aceitável, com um impacto mais fraco._ ✓

[3] Carcomidos : _Desgastados, usados com o tempo e utilização do objeto._ ✓

[4] Mono : _Macaquinho Loiro, brincalhão e animado_ ✓

[5] Adamado : _Afeminado, de trejeitos femininos, que se porta com delicadeza._ ✓

[6] Madrepérola : _Botão feito a partir de uma pérola, uma semi-jóia [71]._ ✓

[7] Crespa : _Polêmica, que causa espanto ou/e choque._ ✓

[8] Partistas : _Alunos que eram responsáveis de contar para a professora de algum acontecimento ruim ; um “dedo duro”._ ✓

[9] Aperto : _No contexto da obra, significa uma situação difícil, algo complicado_ ✓

[10] Pendências : _Algo que ficou por fazer_

[11] Promíscua : _Que vive acerca [72], que possui proximidade/intimidade._ ✓

[12] Tinhorões : _Um tipo de árvore grande._ [73]

[13] Adamandina : _Cristalina ; que se associaria ao diamante pela sua etimologia._ ✓

4. Pedro

Pedro

Exercício n°1

5. Bianca

Bianca

Exercício n°1

Ausente

6. Tayana

Tayana

Exercício n°1

Ausente

8. Suanne

Suanne

Exercício n°1

Ausente

Notes

[1] Ano da Abolição : 1888, 13 de Maio

Extinção da escravidão - 13 de Maio de 1888

[2] O Império do Brasil (denominado pela historiografia também como Brasil Império, Brasil Imperial ou Brasil Monárquico) foi um Estado que existiu no século XIX e que compreendia, aproximadamente, o território que forma o Brasil e o Uruguai (antes da independência) atuais. Seu governo era uma monarquia constitucional parlamentar representativa, tendo tido como imperadores D. Pedro I e seu filho, D. Pedro II.
De uma colônia do Reino de Portugal, o Brasil tornou-se a sede do Império Português em 1808, quando o então Príncipe Regente de Portugal, D. João VI, reagiu à invasão napoleônica de Portugal estabelecendo a si mesmo e seu governo no Rio de Janeiro. João VI, em decorrência da Revolução do Porto, retornou a Portugal em 1821, deixando seu filho e herdeiro, Pedro, para governar o Reino do Brasil como regente.
Em 7 de setembro de 1822, Pedro proclamou a independência do Brasil e, após liderar uma guerra bem-sucedida contra o reino de seu pai, foi aclamado em 12 de outubro do mesmo ano de 1822 como Pedro I, primeiro imperador do Brasil, país vasto, etnicamente diverso, porém pouco povoado.
Fonte - Adaptação.

[3] D. Pedro II, filho de D. Pedro I, primeiro imperador do Brasil ; neto do rei D. João VI, Príncipe regente de Portugal

[4] Le pamphlet est une œuvre littéraire qui attaque un pouvoir, une institution ou une personne connue, sur le mode de la dénonciation, de la caricature, du dénigrement, de la raillerie, dans un style souvent vindicatif.
Sur le fond, il peut s’agir d’une querelle politique ou d’un débat d’idées. Dans la forme, ce peut être un article de journal ou de revue, un discours, un poème, une nouvelle, un roman, des mémoires apocryphes, voire un film ou un dessin de presse, etc.

[5] Ces "titres" d’extraits sont des choix pédagogiques ou des citations extraites du roman et ne font pas nécessairement partie de l’œuvre.

[6] Importância do "pai", chave psicológica do começo da obra…

[7] Aviso e promessa do começo de uma vida repleta de vicissitudes.

[8] Verdade e realidade : elemento autobiográfico ?

[9] Têmpera :

[10] Da priemeira pessoa do singular à primeira pessoa do plural… Porquê ?…

[11] Saudade hipócrita : "O Ateneu, uma crônica de saudades". Analisaremos a noção de "saudade"… e de "hipocrisia".

[12] Distanciação temporal, marca da introspecção…

[13] Uma crônica da dor e da desilusão… ?

[14] Eufemismo : Associar aqui a noção de "felicidade" a um "eufemismo apenas", revela uma forma de análise pessimista…

[15] Passado e presente conjugados…

[16] Esperanças que antecederam a desilusão. Sempre pessimista…

[17] A estrada da vida : o caminho percorrido… acabando em uma amarga desilusão. O tom está dado : a "crônica de saudades" vai pintar amargas desilusões, vivenciadas na instituição do Ateneu, símbolo ou alegoria alegoria à moral falida do sistema educacional (talvez político ?) da decadência daquela época…

[18] Carcomidos : gasto, arruinado

[19] Mono :

[20] Adamado :

[21] Madrepérola :

[22] Crespa :

[23] Partistas :

[24] Aperto :

[25] Pendências :

[26] Promíscua :

[27] Tinhorões : plantas

[28] Adamandina : parecida com o diamante, cristalina

[29] Autobiográfico ?

[30] Sinestesia : o som e o visual

[31] Atochar : Encher em excesso ; atulhar, abarrotar ; atravancar.

[32] Esbaforido : ofegante

[33] Esfaimado = esfomeado

[34] Benemérito = benfeitor

[35] Metonímia

[36] Antítese

[37] Autocrata : Soberano que exerce sozinho o poder absoluto.// Indivíduo que gere uma empresa ou uma organização com poder absoluto.

[38] Excelso = eminente, ilustre

[39] Hierática = sagrada

[40] Côvados de Golias : Alusão ao gigante Golias que media, segundo a Bíblia, 6 côvados (66 cm cada côvado !

[41] Metáfora

[42] Retraimento = contracção, diminuição

[43] Ironia

[44] "Clímax - ou seja anticlímax ! - do retrato de Aristarco : Crítica aguda da personalidade detestável do diretor…. Ficando na esperança da consagração última e "imaterial", contentava-se com o dinheiro (bem concreto) recebido por parte das famílias ricas que pertenciam à elite fluminense, à alta sociedade brasileira…

[45] Abeberar-se = s’abreuver

[46] Antítese

[47] Estardalhaço = ostentação ruidosa

[48] Plágio, cópia, roubo…

[49] A serra do Caraça é um trecho da serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais. Também dá nome ao antigo Colégio Caraça, onde importantes personalidades da história brasileira estudaram

[50] De arromba = à tout casser…

[51] Ermo : solidão, ermitage

[52] Uberdade : Fartura, abundância ; fertilidade ; fecundidade.

[53] Se perdre, s’égarer

[54] Fraldas : pans de chemise

[55] Pelouse, herbes folles

[56] Galhardetes : Pequenas bandeiras triangulares - Bannions, flammes

[57] Fulgir : brilhar resplandecer. No sentido figurado : realçar, sobressair

[58] Branco

[59] Palanque : tribune, dais destiné aux personnalités. Palanquin

[60] Cadarço : Rubans, lacets

[61] Talhe : la coupe du constume

[62] Celeridade : rapidez, velocidade

[63] Canutilho : canudos pequenos e finos, com que se bordavam galões e decorações

[64] Mens sana in corpore sano = un esprit ain dans un corps sain

[65] é

[66] ExpreSSão

[67] Flexão ! Singular ou plural ?…

[68] E sentido próprio !

[69] Se referindo à atmosfera…

[70] Torná-lo

[71] Botão parecido com uma jóia semipreciosa

[72] Acerca de…

[73] Apenas uma planta bicolor… que pode ser muito tóxica…


[1Ano da Abolição

[2O Império do Brasil (denominado pela historiografia também como Brasil Império, Brasil Imperial ou Brasil Monárquico) foi um Estado que existiu no século XIX e que compreendia, aproximadamente, o território que forma o Brasil e o Uruguai (antes da independência) atuais. Seu governo era uma monarquia constitucional parlamentar representativa, tendo tido como imperadores D. Pedro I e seu filho, D. Pedro II.
De uma colônia do Reino de Portugal, o Brasil tornou-se a sede do Império Português em 1808, quando o então Príncipe Regente de Portugal, D. João VI, reagiu à invasão napoleônica de Portugal estabelecendo a si mesmo e seu governo no Rio de Janeiro. João VI, em decorrência da Revolução do Porto, retornou a Portugal em 1821, deixando seu filho e herdeiro, Pedro, para governar o Reino do Brasil como regente.
Em 7 de setembro de 1822, Pedro proclamou a independência do Brasil e, após liderar uma guerra bem-sucedida contra o reino de seu pai, foi aclamado em 12 de outubro do mesmo ano de 1822 como Pedro I, primeiro imperador do Brasil, país vasto, etnicamente diverso, porém pouco povoado.
Fonte - Adaptação.

[3D. Pedro II, filho de D. Pedro I, primeiro imperador do Brasil ; neto do rei D. João VI, Príncipe regente de Portugal

[4Le pamphlet est une œuvre littéraire qui attaque un pouvoir, une institution ou une personne connue, sur le mode de la dénonciation, de la caricature, du dénigrement, de la raillerie, dans un style souvent vindicatif.
Sur le fond, il peut s’agir d’une querelle politique ou d’un débat d’idées. Dans la forme, ce peut être un article de journal ou de revue, un discours, un poème, une nouvelle, un roman, des mémoires apocryphes, voire un film ou un dessin de presse, etc.

[5Ces "titres" d’extraits sont des choix pédagogiques ou des citations extraites du roman et ne font pas nécessairement partie de l’œuvre.

[6Importância do "pai", chave psicológica do começo da obra…

[7Aviso e promessa do começo de uma vida repleta de vicissitudes.

[8Verdade e realidade : elemento autobiográfico ?

[9Têmpera :

[10Da priemeira pessoa do singular à primeira pessoa do plural… Porquê ?…

[11Saudade hipócrita : "O Ateneu, uma crônica de saudades". Analisaremos a noção de "saudade"… e de "hipocrisia".

[12Distanciação temporal, marca da introspecção…

[13Uma crônica da dor e da desilusão… ?

[14Eufemismo : Associar aqui a noção de "felicidade" a um "eufemismo apenas", revela uma forma de análise pessimista…

[15Passado e presente conjugados…

[16Esperanças que antecederam a desilusão. Sempre pessimista…

[17A estrada da vida : o caminho percorrido… acabando em uma amarga desilusão. O tom está dado : a "crônica de saudades" vai pintar amargas desilusões, vivenciadas na instituição do Ateneu, símbolo ou alegoria alegoria à moral falida do sistema educacional (talvez político ?) da decadência daquela época…

[18Carcomidos : gasto, arruinado

[19Mono :

[20Adamado :

[21Madrepérola :

[22Crespa :

[23Partistas :

[24Aperto :

[25Pendências :

[26Promíscua :

[27Tinhorões  : plantas

[28Adamandina : parecida com o diamante, cristalina

[29Autobiográfico ?

[30Sinestesia : o som e o visual

[31Atochar : Encher em excesso ; atulhar, abarrotar ; atravancar.

[32Esbaforido : ofegante

[33Esfaimado = esfomeado

[34Benemérito = benfeitor

[35Metonímia

[36Antítese

[37Autocrata : Soberano que exerce sozinho o poder absoluto.// Indivíduo que gere uma empresa ou uma organização com poder absoluto.

[38Excelso = eminente, ilustre

[39Hierática = sagrada

[40Côvados de Golias : Alusão ao gigante Golias que media, segundo a Bíblia, 6 côvados (66 cm cada côvado !

[41Metáfora

[42Retraimento = contracção, diminuição

[43Ironia

[44"Clímax - ou seja anticlímax ! - do retrato de Aristarco : Crítica aguda da personalidade detestável do diretor…. Ficando na esperança da consagração última e "imaterial", contentava-se com o dinheiro (bem concreto) recebido por parte das famílias ricas que pertenciam à elite fluminense, à alta sociedade brasileira…

[45Abeberar-se = s’abreuver

[46Antítese

[47Estardalhaço = ostentação ruidosa

[48Plágio, cópia, roubo…

[49A serra do Caraça é um trecho da serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais. Também dá nome ao antigo Colégio Caraça, onde importantes personalidades da história brasileira estudaram

[50De arromba = à tout casser…

[51Ermo : solidão, ermitage

[52Uberdade : Fartura, abundância ; fertilidade ; fecundidade.

[53Se perdre, s’égarer

[54Fraldas : pans de chemise

[55Pelouse, herbes folles

[56Galhardetes  : Pequenas bandeiras triangulares - Bannions, flammes

[57Fulgir  : brilhar resplandecer. No sentido figurado : realçar, sobressair

[58Branco

[59Palanque  : tribune, dais destiné aux personnalités. Palanquin

[60Cadarço  : Rubans, lacets

[61Talhe  : la coupe du constume

[62Celeridade  : rapidez, velocidade

[63Canutilho  : canudos pequenos e finos, com que se bordavam galões e decorações

[64Mens sana in corpore sano = un esprit ain dans un corps sain

[65é

[66ExpreSSão

[67Flexão ! Singular ou plural ?…

[68E sentido próprio !

[69Se referindo à atmosfera…

[70Torná-lo

[71Botão parecido com uma jóia semipreciosa

[72Acerca de

[73Apenas uma planta bicolor… que pode ser muito tóxica…

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